Marialva está se preparando para a campanha nacional de vacinação contra a rubéola que este ano pretende enfatizar também a população masculina. “Diferente do que se pensa, a doença também atinge os homens e não apenas as mulheres.”, afirma o secretário de Saúde do município, João Dorival Garcia Gea, o Vavá.
A campanha, que será realizada de 9 de agosto a 13 de setembro, é resposta do Ministério da Saúde à confirmação de casos da doença em diversos Estados. Em todo país, o governo federal espera imunizar 70 milhões de pessoas na faixa etária de 20 a 39 anos.
Mas o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, assegura que a motivação para a vacinação não é uma possível epidemia da doença, mas um processo de prevenção para eliminar a rubéola do país. No ano passado, foram registrados 8.407 casos.
“Há uma medida de saúde pública que tem que ser eficaz. Você não consegue erradicar a doença fazendo apenas bloqueios setoriais ou que cubram apenas parte da população. Quando você quer erradicar, você tem que criar o que chamamos de imunidade coletiva”, afirma Temporão.
Essa “imunidade coletiva” significa que todos devem se vacinar, inclusive aqueles que já tiveram rubéola ou que já tomaram a vacina. “Quem já teve rubéola fica imune, que nem sarampo, para o resto da vida. Mas precisamos constituir uma imunidade de grupo”, acrescenta o ministro.
As únicas pessoas que não devem tomar a vacina são as mulheres grávidas. O público masculino será o alvo preferencial da campanha de divulgação. Do total de casos de rubéola confirmados em 2007, 70% foram em homens. Há, no imaginário popular, a idéia de que a doença só atinge mulheres.
SAIBA MAIS
O que é a rubéola?
A rubéola, também conhecida como “sarampo alemão”, é uma doença infecto-contagiosa causada por vírus.
Qual a causa?
É transmitida pelo vírus do gênero Rubivirus da família Togaviridae.
Quais os sintomas?
O paciente apresenta febre baixa, manchas na pele, dores de cabeça e pelo corpo.
Como se transmite?
A transmissão é diretamente de pessoa a pessoa por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar.
Como tratar?
Não há tratamento específico para a rubéola. Os sinais e sintomas apresentados devem ser tratados de acordo com a orientação de um médico.
Como se prevenir?
Atualmente, a vacina para crianças aos 12 meses de vida consta do calendário nacional de vacinação. Uma segunda dose que deve ser aplicada entre quatro a seis anos de idade. Para homens e mulheres, a vacina também está disponível à faixa etária de 12 a 49 anos para as mulheres e de 12 a 39 anos para os homens.
Como é feito o diagnóstico?
Algumas doenças se manifestam de forma semelhante à rubéola, como sarampo, escarlatina e dengue. Na situação atual de eliminação da rubéola, é muito importante identificar precocemente, diagnosticar e classificar casos suspeitos, como também realizar as ações de vigilância de forma adequada.