“Investir na recuperação e preservação dos elementos que mantêm um meio ambiente saudável, como reservas florestais, matas ciliares e mananciais de água é mais do que uma obrigação legal do gestor público – é um compromisso inadiável com a qualidade de vida e o futuro das novas gerações”, afirma o secretário de Agricultura e Meio Ambiente da Prefeitura de Marialva, Luiz Carlos Stéfano.
Gestor da política do governo municipal para o meio ambiente, Stéfano aponta avanços importantes obtidos nos últimos anos no sentido de alcançar índices de preservação do meio ambiente afinados com as exigências legais. “Mas insisto: mais do que atender a legislação ambiental, buscamos sempre satisfazer a expectativa das pessoas com relação a uma vida saudável”, afirma o secretário.
Por ‘vida saudável’, Stéfano entende um conjunto de fatores que passam, necessariamente, por um meio ambiente preservado. Dessa forma, o governo municipal investiu num conjunto de obras e serviços que hoje constitui referência regional, a começar pela construção do aterro sanitário, o primeiro da região. O empreendimento eliminou antigo passivo ambiental do município.
O aterro incorpora moderna tecnologia de armazenagem do lixo com risco zero para o meio ambiente, graças à adoção de modernos recursos adotados em conformidade com a rigorosa legislação que normatiza projetos do gênero. A entrada em funcionamento do aterro foi coordenada com a implantação da coleta seletiva, amplamente discutida com a comunidade.
Inaugurado em 2003, numa área de 66 mil metros quadrados, o aterro viabilizou a adoção do projeto de coleta seletiva e a criação da Associação dos Coletores de Material reciclável de Marialva (Aclimar), onde trabalham mais de uma dezena de pessoas que recolhem cerca de 12 toneladas de lixo por mês. A importância da coleta seletiva é reforçada através de ampla campanha junto à comunidade.
Mas se o empreendimento constitui marco importante da preocupação do município com meio ambiente, outras ações reforçam esse compromisso, como a recuperação das matas ciliares, expressiva referência de preservação no âmbito regional. Vale destacar que Marialva também foi o primeiro município a satisfazer a legislação que preserva a cobertura vegetal no entorno de rios.
A área rural da cidade é cortada por 17 córregos que juntos somam 680 quilômetros – e a cobertura vegetal desses riachos foi totalmente restaurada, fazendo ressurgir pacas, preás, catetos e cotias, conforme apontam agricultores. A recuperação das matas ciliares faz parte de um projeto de preservação que também alcança a área urbana,com a revitalização da arborização.
A substituição de árvores antigas por mudas já desenvolvidas atendeu à necessidade de resolver diversos problemas. “As árvores têm um tempo de vida e quando envelhecem começam a causar muitos problemas, daí a necessidade de substituí-las”, afirma. Além dos riscos de queda, raízes de árvores costumam avançar sobre residências e causar muitos estragos e incômodos.
Para atender a demanda por mudas, a prefeitura criou o viveiro municipal para produzir as espécies adequadas à recomposição das matas ciliares e à arborização urbana, distintas na finalidade e desenvolvimento. “Essa era uma condição indispensável para o sucesso da iniciativa de atender as exigências do Instituto Ambiental do Paraná”, acrescenta Luis Stéfano
Outro projeto desenvolvido pelo município para resolver seu passivo ambiental exigiu investimentos iniciais de R$ 300 mil. Trata-se das obras de expansão das lagoas de tratamento de esgoto às margens do Ribeirão Sarandi. O projeto prevê a construção de três lagoas, que incorporará modernas soluções tecnológicas. Duas já estão prontas e a terceira em fase de conclusão.
Quando concluído, o conjunto de lagoas dobrará a capacidade de tratamento de esgoto gerado pela área central da cidade. O empreendimento está inserido num projeto mais amplo que alcança todo o entorno da obra, constituindo-se numa iniciativa que não se propõe a resolver apenas um problema pontual. “Toda a área será revitalizada,” afirma Luis Stéfano.
Esses são apenas alguns dos muitos projetos ambientais desenvolvidos pelo governo municipal, cuja preocupação com o tema excede as exigências legais. Amparado nesse elenco de investimentos na preservação do meio ambiente, o prefeito Humberto Feltrin reforça que, em sua administração, jamais será permitido a instalação de quaisquer empreendimentos que conspirem contra a qualidade de vida.
“Jamais aceitaremos o funcionamento no município de negócios que agridam o meio ambiente, mesmo que satisfaçam as exigências dos órgãos ambientais. Temos um compromisso não apenas com a preservação do meio ambiente, mas também com as expectativas das pessoas que constroem a nossa história e, assim como nós, têm um enorme carinho por essa cidade e sua gente”, diz Feltrin.
“Ainda temos problemas a resolver, mas não resta dúvida que a contabilidade dos avanços registrados na área ambiental é mais que positiva e a solução de alguns passivos contribuíram decisivamente para a melhoria da qualidade de vida”, avalia o prefeito Humberto Feltrin, convencido de que o desenvolvimento precisa ocorrer de forma sustentada. “Não há outro caminho para o futuro”, acrescenta.
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