Durante a Campanha Nacional de Vacinação de Combate à Poliomelite, cuja primeira etapa será realizada no próximo sábado, 14, das 8 às 17 horas, município pretende imunizar 2,6 mil crianças de 0 a 5 anos

Marialva prevê vacinar 2,6 mil crianças contra polio dia 14

Segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

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No próximo sábado, 14, será realizada a primeira etapa da Campanha Nacional de Combate à Poliomelite, doença popularmente conhecida como paralisia infantil. Há 22 anos o Paraná não registra casos da doença. A segunda etapa da vacinação será realizada no dia 9 de agosto. O Ministério da Saúde disponibilizou 1,6 milhões de doses da vacina para ser aplicada no Estado.

 
Em Marialva, a expectativa é imunizar cerca de 2,6 mil crianças de 0 a 5 anos, a exemplo do que ocorreu ano passado. Para garantir o alcance da meta prevista pelo Ministério da Saúde, a Secretaria de Saúde vai disponibilizar uma grande infra-estrutura e espalhar pontos de vacinação por toda a cidade, de forma a facilitar o acesso das crianças à gotinha que imuniza contra a doença.
 
“Os pais devem estar atentos aos locais de vacinação e levar seus filhos para se imunizarem contra a doença. O sucesso da campanha depende, essencialmente, da participação de todos”, afirma o secretário de Saúde, João Dorival Garcia Gea, o Vavá. O último registro de poliomielite na América ocorreu em 1991, no Peru. No Brasil, não há registros desde 1989 e no Paraná desde 1986.
 
 O último caso ocorreu em Campo Largo, região Metropolitana de Curitiba. A vacinação contra poliomielite acontece desde 1980 em duas etapas. Durante a primeira fase da campanha de vacinação do ano passado, o Paraná conseguiu atingir 91,8% da população infantil com faixa etária até 5 anos, percentual que corresponde a pouco mais de 920 mil crianças. Este ano, a meta é imunizar 95%.
 
A poliomelite é causada pelo poliovírus em um dos seus sub-tipos (1, 2 ou 3), a doença infecciosa é transmitida de pessoa para pessoa. Entre suas características destaca-se a paralisia flácida de início súbito. Os sinais são visíveis de 7 a 21 dias após a infecção. Em geral, acomete os membros inferiores, tendo como principal característica flacidez muscular, deficiência motora e febre e ataca cerca de uma em cada 200 pessoas.
 
Os primeiro sintomas são febre dores musculares e uma em cada 200 pessoas infectadas apresenta paralisia irreversível. Além disso, uma média de 5% a 10% das pessoas evolui para o óbito por asfixia, causada pela paralisação dos músculos respiratórios.
 
Doença é comum em 30 países
A vacinação é importante porque o poliovírus, causador da paralisia infantil, pode ser reintroduzido no Brasil. A doença ainda é comum em 30 países do mundo, como Angola, Irã e Índia. Casos recentes foram registrados em Porto Príncipe, capital do Haiti, país próximo da América do Sul.
Há também um grande fluxo de viajantes internacionais que deve ser monitorado para bloquear casos importados e impedir a reintrodução da doença.
A Fundação Nacional de Saúde, órgão ligado ao Ministério da Saúde, alerta que a vacina contra a paralisia infantil pode ser aplicada mesmo que a criança esteja com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarréia. Crianças com paralisia cerebral, síndrome de Down (mongolismo), asma, doenças crônicas do coração, rins, pulmões e fígado - ou ainda desnutridas - podem ser vacinadas.

Também devem ser imunizadas contra a pólio crianças com histórico familiar de convulsões, aquelas que estiverem hospitalizadas, as prematuras ou as récem-nascidas de baixo peso. E, ainda, as que estiverem fazendo tratamento com antibióticos e corticóides em doses baixas.
Mesmo as crianças com o calendário de vacinação em dia devem participar da campanha. A vacina estimula o organismo a criar anticorpos contra a poliomielite, imunizando-o contra a doença.
 
 
A POLIOMELITE
 
SAIBA MAIS
O que é?
Doença infecto-contagiosa de origem viral que causa paralisia, principalmente nos membros inferiores.

Qual o agente envolvido?
O agente da infecção é o poliovírus do gênero Enterovírus, família Picornaviridae, com sorotipos I, II e III.

Quais os sintomas?
Aparecimento repentino de dificuldades motoras acompanhadas de febre; diferenças no tamanho dos membros, principalmente das pernas; flacidez muscular, com diminuição ou ausência de reflexos na área paralisada; e persistência de alguma paralisia residual (seqüela) após 60 dias do início da doença.

Como se transmite?
A principal forma de transmissão é através do contato direto com pessoas infectadas, pela via fecal-oral ou, secundariamente, por meio de gotas de secreção expelidas pelo doente ao falar, tossir ou espirrar. Más condições de saneamento, higiene pessoal deficiente e o elevado número de crianças numa mesma casa favorecem a disseminação da doença.

Qual o microrganismo envolvido?
Não existe tratamento específico e todas as vítimas de contágio devem ser hospitalizadas, fazendo tratamento de suporte.

Como se prevenir?
A melhor maneira de prevenção é a vacinação. As crianças menores de cinco anos devem receber três ou mais dose da vacina oral contra a poliomielite, com um intervalo mínimo de 30 dias entre cada dose. O esquema vacinal de rotina deve ser iniciado aos 2 meses de idade.

Situação da Poliomielite no Mundo
De 2000 a 2005 ocorreram surtos ou foram detectados casos de poliomielite na China, Oeste da África, Chad, Yemen, Indonésia, Angola, Etiópia e Somália. Por isso, recomenda-se a revisão da situação vacinal contra poliomielite para todos os viajantes que estão se deslocando para estas áreas assim como para os países abaixo indicados.
 
Situação da Poliomielite no Brasil
O Brasil notificou o último caso em 1989 e em 1994 recebeu o certificado de erradicação da transmissão autóctone pela Organização Mundial de Saúde.
 
LOCAIS DE VACINAÇÃO
Pronto Socorro Municipal
Posto de Saúde da Vila Antonio
Posto de Saúde do João de Barros
Posto de Saúde do Jardim Planalto
Clínica da Mulher (Conjunto II)
Clínica Materno-Infantil (Shenandoa)
Posto de Saúde Vila Brasil
Posto de Saúde de Aquidaban
Posto de Saúde do Cambuí
Posto de Saúde de Santa Fé
Posto de Saúde de São Luiz
Rotary, Escola Julio Farah (Km 113)
Salão da Igreja do Jaçanã, Associação Comunitária do Caraná,
Associação Comunitária do Keller

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