Vazamento no sistema de canalização que abastece os reservatórios centrais de água de Marialva, localizados na praça Raphaela Ybarra, deixa a área central da cidade desabastecida.. A expectativa do Serviço de Água e Esgoto (SAE) é que problema seja resolvido até o final da tarde.
“No mais tardar, à noite o abastecimento estará normalizado”, afirma Carlos César Kalil, diretor do SAE. Kalil explica que o vazamento foi acidental e que os reparos estão sendo executados com a urgência necessária para restabelecer o fornecimento de água o mais rápido possível.
Os dois reservatórios centrais têm capacidade para 900 mil litros e pela manhã já faltava água em alguns bairros do centro da cidade em função do rápido esvaziamento das caixas na praça Raphaela Ybarra. “Fomos obrigados a desligar as bombas que abasteciam os reservatórios”, explica Kalil.
“Problemas assim não são previsíveis, mas dispomos de pessoal capacitado para solucioná-los com a urgência necessária”, destaca o diretor do SAE, acrescentando que o governo municipal está atento ao crescimento da cidade e aos pontos críticos criados pela expansão da base de consumo de água.
Os investimentos feitos no setor nos últimos anos priorizaram a captação e distribuição, com ampliação de reservatórios e aquisição de equipamentos mais modernos que dão suporte ao sistema. "O aumento do consumo de água é um bom indicador do desenvolvimento da cidade – e estamos atentos para evitar a falta do produto nas torneiras", afirma César Calil.
Marialva é um dos muitos municípios da região que têm o domínio da captação e distribuição da água, o que na prática significa que o serviço é municipal e, portanto, não pertence à Sanepar. A água que chega às torneiras dos moradores vem de duas grandes minas, cuja vazão que costuma diminuir no verão em função da estiagem.
A água é captada de 23 poços semi-artesianos que abastecem 18 reservatórios espalhados por locais estratégicos da cidade com capacidade para 1,8 milhão de litros. Marialva tem 8,3 mil ligações de água e o município está localizado sobre o aqüífero Guarani, o maior manancial de água doce do mundo.
"Mas não devemos nos iludir com a grandiosidade dessa reserva, que assim como outros recursos naturais precisam ser explorados com responsabilidade para não se esgotarem", afirma o secretário de Água e Esgoto, que contabiliza resultados positivos com o trabalho de conscientização sobre o uso racional do precioso líquido.
Palestras, distribuição de folhetos explicativos e visita de estudantes às minas fazem parte do esforço da secretaria no sentido de conscientizar sobre o ciclo da água e de quanto o bem é indispensável para a manutenção da vida, razão pela qual precisa ser preservada. "Desperdiçá-la é um crime contra o futuro", resume Cezar Calil.