Em reunião à respeito do assunto, Paulo Thimóteo - Coordenador-Executivo da Trensurb ? Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre, vinculada ao Ministério das Cidades; Samuel Gomes - Coordenador do Trem Pé-Vermelho, da Agência Terra Roxa; Everton Alves ? As

Pesquisa de demanda é próxima etapa para implantação do Trem Pé-Vermelho

Segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Última Modificação: // | Visualizada 255 vezes


Ouvir matéria

Está prevista para este mês, a realização da última e mais importante etapa dos estudos de viabilidade para a construção do Trem Pé-Vermelho – o trem de passageiros que deverá ser implantado entre as cidades de Paiçandu e Ibiporã.  A ligação ferroviária de 152 quilômetros  cobrirá 13 municípios – Paiçandu, Maringá, Sarandi,  Marialva, Mandaguari, Jandaia do Sul, Cambira, Apucarana, Arapongas, Rolândia, Cambé, Londrina e Ibiporã – atendendo uma população de cerca de 2 milhões de habitantes.

Para os próximos dias 22, 23, 24 e 26 de outubro, será realizada a Pesquisa de Demanda,  em que pesquisadores farão entrevistas com passageiros de linhas regulares de ônibus e usuários de veículos particulares que percorrem o trajeto traçado.  

No primeiro caso, entrevistadores farão a pesquisa dentro dos ônibus; e no segundo, equipes permanecerão nos postos da Polícia Rodoviária. O trabalho será coordenado pela Universidade Federal de Santa Catarina e conta com parceria de instituições da região, como Universidade Estadual de Londrina e de Maringá.

O coordenador de Projeto do Laboratório de Transporte e Logística da Universidade de Santa Catarina, Rodolfo Philippi, informa que o objetivo desta etapa da pesquisa é medir a demanda potencial de usuários do Trem Pé-Vermelho.

Segundo Paulo Thimóteo, coordenador executivo do projeto, “as entrevistas com os usuários do transporte coletivo e privado, moradores da região, constituirão a base de dados que ajudarão a avaliar a viabilidade e implantação do transporte ferroviário regional de passageiros”.

A pesquisa de campo conduzida pela Universidade Federal de Santa Catarina será efetivada por estudantes recrutados, através de convênio, pela  Universidade Estadual de Londrina  (UEL), e Universidade Estadual de Maringá (UEM).

 

Articulação Regional

A articulação para a implantação do Trem Pé-Vermelho é feita, na região, pela Agência de Desenvolvimento Terra Roxa Investimentos.  As discussões sobre a volta do trem de passageiros na região teve início há cerca de quatro anos.

Já foram realizados os estudos de viabilidade econômica, que apontaram que a região possui um padrão  de desenvolvimento social e econômico dos mais elevados do País.

Os estudos realizados até o momento identificaram que a região é atualmente atendida apenas por serviço de ônibus para o transporte coletivo de passageiros e que a viagem entre alguns municípios requer que o passageiro realize transbordo, o que exige embarque em mais de uma linha de ônibus. Os estudos apontaram ainda que a maior parte das  ligações é servida por uma mesma linha de ônibus e que a  frequência diária da maior parte de linhas oferecidas é de uma viagem/dia.

 O diretor-executivo da Terra Roxa, Alexandre Farina, ressalta que o trem em estudo para ser implantado no Norte do Paraná trata-se de um veículo moderno, classificado como VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que atende a nova realidade da região. “Não tem nada a ver com aqueles trens lentos e antigos, que estão no imaginário das pessoas que chegaram a usar trem como veículo de transporte no Brasil”, comenta.

A volta do trem de passageiros irá exigir também a implantação de novas e modernas linhas férreas.

 

Trens Regionais

O projeto regional  é realizado em parceria com o Governo Federal, os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

O Trem Regional Londrina / Maringá, é um dos 14 projetos selecionados pelo governo federal em 2009, no âmbito do Programa de Resgate do Transporte Ferroviário de Passageiros, do Ministério dos Transportes.

O Programa de Trens Regionais do governo federal  selecionou duas regiões no país para instalar trens de passageiros, e uma delas é o trecho Paiçandu-Ibiporã. Os estudos são realizados pelo Laboratório de Transporte e Logística da Universidade Federal de Santa Catarina (Labtrans), que recebeu R$ 800 mil do governo federal – R$ 400 mil para o Paraná e outros R$ 400 mil para o trecho que será construído entre Bento Gonçalves e Caxias (RS).

O Trem Pé Vermelho é conduzido conjuntamente com o  projeto do Trem da Serra Gaúcha. Ambos estão sob a coordenação técnica do Labtrans e coordenação executiva da Trensurb – Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre, vinculada ao Ministério das Cidades.

Maiores informações: (44) 3232 8354.

 Galeria de Fotos

 Veja Também