Quarta-feira, 26 de setembro de 2018
Última Modificação: 28/09/2018 16:57:42 | Visualizada 1568 vezes
Por meio do teatro, adolescentes da nossa cidade têm importante reflexão sobre a temática do suicídio
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As relações humanas estão em crise com o advento da internet e dos smartphones? Faltas de atenção aqui e ali, brincadeiras inoportunas, isolamento deliberado de alguém e até mesmo fofocas e comentários pelas costas (virtualmente ou não) podem ser responsáveis diretos ou indiretos por algo tão grave como o suicídio?
Essas e muitas outras reflexões são propostas pela peça “Offline”, encenada duas vezes neste dia 25 de setembro, no Cine Teatro Sônia Maria Silvestre, em Marialva, pelos alunos do segundo ano do Ensino Médio do Colégio Platão, da rede particular de Maringá. “O teatro, especialmente a tragédia, é usado desde a Grécia Antiga para inspirar questionamentos no público”, lembrou Ronaldo Nezzu, coordenador do Ensino Médio da escola. “Sabemos que a dor de perder um filho é imensa para os pais, mas é ainda maior quando se perde o filho para ele mesmo”, acrescentou a professora Lu Oliveira, também representante do Colégio.
A peça emocionou a plateia nas duas apresentações, principalmente porque este é um problema de saúde pública com grandes proporções em todo o mundo. “O assunto é relevante e a abordagem foi excelente”, comentou a professora Vanessa Rezende de Jesus, que esteve na plateia pelo Colégio Estadual Pedro Viriato Parigot de Souza.
A iniciativa é por conta do Setembro Amarelo, que tem o objetivo de estimular práticas em todo o Brasil como formas de combate e prevenção ao suicídio, e é uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
Presentes
A plateia foi formada por alunos e professores do oitavo e do nono anos dos Colégios Estaduais Benedito Romualdo de Souza (Cambuí), Conjunto João de Barro, Dr. Felipe Silveira Bittencourt, Pedro Viriato Parigot de Souza, Rachel Saldanha Rocha, Romário Martins (Aquidaban), e do particular Anjos Custódios.
Entre as autoridades presentes, estavam os vereadores Marcio Marcelo Martins e Onesimo Bassan, os secretários Valéria Alves (Assistência Social), José Orlando Villa (Saúde) e Ideuber Celeste (Indústria e Comércio), a diretora de Desenvolvimento Econômico, Andreia Pinheiro, o diretor de Comunicação Social, Osvaldo Sigles Júnior, além da vice-prefeita, Antonieta Bellinati Perez, entre outros.
Panorama atual
Só no Brasil, são 32 suicídios por dia, um número maior do que as mortes provocadas pela Aids e por diversos tipos de câncer e, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 90% dos suicídios poderiam ser evitados.
“Há uma contradição preocupante hoje: enquanto a expectativa de vida deu um salto nos últimos 20 anos e as pessoas querem viver cada vez mais, houve um aumento considerável no número de jovens que veem no suicídio a única solução para seus problemas, e não é; precisamos mudar isso”, afirmou o secretário de Saúde, José Orlando Villa. “A vida é muito maior do que qualquer problema, e temos que dar esse valor a ela”, completou a vice-prefeita, Antonieta Bellinati Perez.
Auxílios disponíveis
A Prefeitura de Marialva quer, ao trazer a peça, mostrar a todos que possam estar passando por momentos difíceis que há diversas formas de ajuda possíveis, na família, nas amizades, nos serviços públicos de saúde e de assistência social, tais como as Unidades Básicas de Saúde, o Pronto-Atendimento Municipal, o CAPS, o CRAS, o CREAS, o Conselho Tutelar, entre outros. Isso sem contar o serviço voluntário CVV, disponível 24 horas por dia pelo telefone 188 e pelo chat na internet (www.cvv.org.br).
Além disso, a peça chama a atenção para a importância da solidariedade, de cada um observar em seu círculo de convivência aqueles que podem estar precisando de ajuda e se disponibilizar a prestar esse auxílio, esse carinho, essa atenção.
Fonte: Assessoria de Comunicação