Quinta-feira, 04 de fevereiro de 2021
Última Modificação: 04/02/2021 17:01:54 | Visualizada 617 vezes
O objetivo foi verificar as causas de possível perda de produção de soja
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Em parceria com o IDR-Paraná (antiga Emater), a Embrapa realizou visita técnica em algumas lavouras de soja de Marialva nesta quarta-feira, dia 3 de fevereiro. O objetivo foi investigar as causas de um abortamento precoce de vagens que vem ocorrendo na cultura da soja em algumas plantações, bem como verificar as condições de clima e das lavouras, e o nível de abortamento de vagens nas plantas.
A visita foi realizada em três propriedades de Marialva que apresentaram diferentes níveis de dano, desde níveis "aceitáveis" até lavouras com condições severas de abortamento e com redução expressiva de produtividade. Na ocasião, o extensionista e engenheiro agrônomo de Marialva, cedido ao IDR-Paraná pela Prefeitura, Fabianderson José Baio de Souza, e o coordenador regional de Projetos - Lavouras do IDR-Paraná, Pedro Cecere Filho, acompanharam a visita, que foi realizada pelo engenheiro agrônomo André Mateus Prando, pesquisador da Embrapa.
"O importante nessa situação é não tomar decisões precipitadas, como gastar com produtos ou manejos sem antes esperar a finalização da investigação da Embrapa e do IDR-Paraná", recomenda Pedro Cecere Filho.
Visitas no norte e oeste do PR
O IDR-Paraná e a Embrapa vêm recebendo relatos de produtores de soja de várias áreas do norte e oeste do estado, inclusive de Marialva, por conta de algumas lavouras de soja estarem abortando vagens de forma anormal. Os produtores notaram que esse problema vem ocorrendo após o longo período de chuvas e que, mesmo com aplicação de defensivos fúngicos, a ocorrência tem sido frequente e tem preocupado vários produtores que não sabem ao certo a causa.
Prando, da Embrapa, está fazendo visitas em lavouras que estão apresentando esses sintomas. O objetivo é verificar as condições da lavoura, obter informações da condução da mesma, dados de cultivares (tipos de sementes) e informações de clima e um diagnóstico da real situação dos danos. De acordo com ele, é provável que a causa possa estar ligada à umidade muito alta do solo. "O problema não é a cultivar (tipo de semente) pois está ocorrendo em várias propriedades com lavouras de diferentes cultivares", explica. "Ainda não podemos concluir nada, mas estamos investigando para obter respostas na maior brevidade possível", completou.
O IDR-Paraná atende vários produtores rurais e dá assistência técnica em inúmeras propriedades e, em um primeiro momento, está auxiliando a Embrapa no levantamento de lavouras que estão com este problema e na coleta de informações.
Consequências graves
De acordo com o engenheiro agrônomo da Embrapa, o problema é bastante preocupante. Há produtores no estado, segundo ele, que relatam perdas de 70% a 100%. "Nesses casos, não tem o que fazer, primeiramente acionar o seguro e, assim que houver liberação, nos casos em que as perdas são elevadas não vai justificar a colheita, resta apenas passar o rolo na soja para que ela vire palha, preparando assim a terra para a segunda safra", orienta, lembrando que levar adiante uma lavoura assim (se constatadas perdas elevadas) traria ainda mais custos para colocar as máquinas no campo.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Marialva
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