Marialva agora tem um fluxo de atendimento para pessoas com Transtorno de Acumulação, que é a dificuldade contínua de descartar itens independente de seu valor real, gerando um acúmulo desmedido desses objetos, comprometendo significativamente o uso da moradia.

"Com o novo fluxo, qualquer serviço que identificar uma pessoa com esse transtorno deve acionar a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência daquela residência; atualmente 13 lares estão catalogados nesse controle", afirma a diretora de Saúde Mental do município, Samira de Melo Dantas. A partir daí, a UBS realizará uma reunião multiprofissional para definir um Projeto Terapêutico Singular, ou seja, a criação de um projeto de tratamento individual para cada pessoa. Em seguida, acontece a articulação entre os diversos setores que podem ajudar o paciente em seu tratamento, conforme o caso.

"Tendo em vista a complexidade do Transtorno da Acumulação, o trabalho desenvolvido é de longo prazo; estudos demonstram que, nesses casos, há a necessidade de muitos atendimentos para evoluir no tratamento", explica a gerente de Atenção Básica do município, Samile Bonfim.

O secretário municipal de Saúde, José Orlando Villa, afirma que é importante esse trabalho individualizado, para permitir um trabalho mais certeiro no tratamento. "Com toda essa estratégia, esperamos oferecer uma assistência mais humanizada e, a partir disso, nos aproximarmos cada vez mais do que esperamos, que é a redução ou extinção da acumulação", argumenta.

A utilização cada vez maior da integração entre os setores nos métodos de trabalho é uma das metas da Administração, sendo que nesse caso participariam a Saúde, a Assistência Social, os Serviços Públicos (Obras e Limpeza) e o Meio Ambiente por parte do Executivo, além do Ministério Público. "Quanto mais pessoas comprometidas em qualquer serviço, e quanto mais integrado for o trabalho, melhor o atendimento à nossa população", comenta o prefeito Victor Martini.