Dias 16, 23 e 30, das 13 às 17 horas, no posto de saúde do distrito de Cambuí, será realizada campanha de prevenção do câncer de colo de útero e mama pelas enfermeiras do Programa Saúde da Família. De acordo com o secretário de Saúde, João Dorival Garcia Gea, a campanha quer alcançar mulher que nunca fizeram o exame preventivo.
“Esperamos realizar o exame em pelo menos 120 mulheres”, afirma o secretário. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), este ano deve ser registrado 49,4 mil novos casos de câncer de mama, com um risco estimado de 51 notificações a cada grupo de 100 mil mulheres
O câncer de mama é provavelmente o mais temido pelas mulheres, devido à sua alta freqüência e sobretudo pelos seus efeitos psicológicos, que afetam a percepção da sexualidade e a própria imagem pessoal. Ele é relativamente raro antes dos 35 anos de idade, mas acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida.
De acordo com o Inca, este tipo de câncer representa nos países ocidentais uma das principais causas de morte em mulheres. As estatísticas indicam o aumento de sua freqüência tantos nos países desenvolvidos quanto nos países em desenvolvimento.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência ajustadas por idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes. No Brasil, o câncer de mama é o que mais causa mortes entre as mulheres.
Os sintomas do câncer de mama palpável são o nódulo ou tumor no seio, acompanhado ou não de dor mamária. Podem surgir alterações na pele que recobre a mama, como abaulamentos ou retrações ou um aspecto semelhante a casca de uma laranja. Podem também surgir nódulos palpáveis na axila.
Já o câncer de colo do útero deve atingir 18,6 mil mulheres este ano, de acordo com estimativas do Inca. Anualmente, esse tipo de câncer atinge 500 mil mulheres em todo o mundo, constituindo-se no segundo tipo de câncer entre a população feminina sendo responsável pelo óbito de, aproximadamente, 230 mil mulheres por ano.
Sua incidência é cerca de duas vezes maior em países menos desenvolvidos comparado com os mais desenvolvidos. A incidência por câncer do colo do útero torna-se evidente na faixa etária de 20 a 29 anos e o risco aumenta rapidamente até atingir seu pico geralmente na faixa etária de 45 a 49 anos.
Em países desenvolvidos, a sobrevida média estimada em cinco anos varia de 59 a 69%. Nos países em desenvolvimento os casos são encontrados em estádios relativamente avançados e, conseqüentemente, a sobrevida média é de cerca de 49% após cinco anos. A média mundial estimada é de 49%.
“Esses números justificam a necessidade da prevenção, indispensável para se identificar de forma precoce a doença e assim se obter resultados positivos no tratamento, sem os riscos inerentes ao seu avanço, que em muitos casos torna-se irreversível”, afirma o secretário de Saúde.
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